quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Parto

O parto natural consiste na expulsão do feto por contrações rítmicas da musculatura uterina e ocorre ao fim do nono mês de gravidez, cerca de 266 dias após a fecundação. Nessa época, o feto humano mede cerda de 50 centimetros de comprimento e pesa, em media, entre 3 e 3,5 Kg.
No momento do parto, o colo do útero se dilata e a musculatura uterina contrai-se ritmicamente com freqüência cada vez maior. A bolsa amniótica se rompe e o liquido nela contido extravasa pela vagina. O feto é gradualmente empurrado para fora do útero pelas fortes ondas de contração da musculatura uterina. A vagina se dilata e permite a passagem do bebê.
A parte fetal da placenta desprende-se da parede uterina e é também expulsa através da vagina, juntamente com o sangue proveniente do rompimento de vasos sanguíneos maternos. Nesse momento, no parto assistido, o cordão umbilical que liga o feto à placenta é cortado e amarrado.
Com o desprendimento da placenta, o gás carbônico acumula-se no sangue recém-nascido, o que estimula os centros cerebrais que controlam a expiração. Esses centros induzem o sistema respiratório do recém-nascido a funcionar, pela primeira vez, ele respira com seus próprios pulmões.
Se o parto natural não ocorre, devido a falta de contrações uterinas ou porque o feto é muito grande para passar pela pelve da mãe, pode-se recorrer a uma intervenção cirúrgica conhecida por cesariana. Nessa cirurgia, é feita uma incisão na parte baixa do abdome da gestante, de modo a expor o útero; este é aberto e a criança é retirada, juntamente com o cordão umbilical e a placenta. Em seguida, os cortes cirúrgicos são fechados por saturas.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O que são Anexos Embrionários?

     Anexos embrionários são estruturas que derivam dos folhetos germinativos do embrião mas que não fazem parte do corpo desse embrião. Em repteis, aves e mamíferos, paralelamente ao desenvolvimento dos tecidos embrionários, desenvolvem-se membranas celulares extra-embrionárias, os Anexos Embrionários. Estes são: o saco vitelínico, o âmnio, o alantóide e o cório.  

Saco vitelínico

     Durante a evolução do grupo dos animais, os primeiros vertebrados que surgiram foram os peixes, grupo que possui como único anexo embrionário a vesícula vitelina. Ela é a primeira membrana extra-embrionaria a ser formada.
     Ela se forma pelo crescimento conjunto do endoderma e da esplancnopleura sobre vitelo, originando uma bolsa membrosa que termina por envolver completamente a massa vitelínica. Assim, o embrião passa a ter uma bolsa de material nutritivo estrategicamente unido ao seu futuro intestino. A porção mesodérmica do saco vitelínico desenvolve vasos sanguíneos, tornando-se ricamente vascularizada. As células endodérmicas em contato com a massa vitelínica secretam enzimas, que digerem os grãos de vitelo, e absorvem os nutrientes resultantes, estes são transportados pelos vasos sanguíneos, indo nutrir todas as células do embrião.
     Os ovos de mamíferos são pobres em vitelo, e o embrião se desenvolve dentro do organismo materno, do qual obtêm alimento. Assim, nesse grupo de animais, o saco vitelínico é pouco desenvolvido. 





Âmnio

     O âmnio é uma membrana formada pelo crescimento conjunto do ectoderma e da somatopleura ao redor do embrião, constituindo uma bolsa membranosa, a bolsa amniótica, que o envolve completamente. Essa bolsa é repleta de liquido e tem por função manter o embrião em um ambiente liquido, prevenindo-a dessecação e amortecendo choques mecânicos.

1. alantóide; 2. saco vitelínico; 3. âmnio; 4. córion






Alantóide

     O alantóide é uma evaginação membranosa da parede do arquêntero, formada pelo crescimento conjunto de endoderma e esplancnopleura. Esse anexo embrionário tem, portanto, a mesma constituição da membrana do saco vitelínico. A principal função do alantóide é armazenar as substancias excretada pelos rins do embrião, principalmente acido úrico. Além disso, o alantóide participa da respiração do embrião em parceria com outro anexo embrionário, o cório.


Cório
O cório é uma membrana formada pelo crescimento conjunto da somatopleura e ectoderma, constituindo uma bolsa membranosa que envolve todos os outros anexos embrionários, inclusive a bolsa amniótica que contem o embrião. O cório se desenvolve e encosta-se à membrana junto à casca. Ao mesmo tempo, o alantóide também cresce e ocupa todo o espaço disponível, de modo que sua face externa entra em contato com o cório junto à casca.
O conjunto formado pela associação entre o cório e o alantóide, o alantocório, é ricamente vascularizado, o que permite uma eficiente troca de gases entre os tecidos embrionários e o ar ao redor da casca.